Volta às aulas: como fica a inclusão das crianças com deficiência?

Com a proximidade do início das aulas, muitos pais de crianças com deficiência começam a se preocupar com a adaptação dos seus filhos na escola. Eles questionam se os pequenos serão aceitos e acolhidos pelos professores e colegas de turma, e se o ambiente estará acessível para que possam circular e brincar pelo espaço.

fisioterapeuta Jamaica Araújo, fundadora da Clínica Espaço Kids, explica que, apesar dos avanços de inclusão no ambiente escolar nos últimos anos, há muitos aspectos a serem aprimorados para que os docentes adotem metodologias de ensino que garantam a aprendizagem de todos os alunos, além de promoverem a abertura de espaço em sala de aula para a discussão com os discentes sobre as diversidades e a relevância da inclusão escolar.

“Nesse sentido, a composição de uma equipe multidisciplinar é fundamental para apoiar e construir novas possibilidades de ação por parte dos diferentes agentes e para a efetivação e fortalecimento de uma nova dinâmica que valorize cada sujeito e sua diversidade”, comenta Jamaica.

Diante da complexidade do desenvolvimento da criança com deficiência, a especialista destaca a importância de uma abordagem evolutiva específica, alinhada com as diversas fases do desenvolvimento neuropsicomotor.  “Essa abordagem deve seguir a sequência de avanço motor do indivíduo, com o objetivo contínuo de estimular o desenvolvimento, promovendo maior independência, autoconfiança e uma ampliação nas interações da criança com o ambiente”.

Em sintonia com essa ideia, a Espaço Kids embasa seu trabalho na teoria ecológica do desenvolvimento humano de Bronfenbrenner para atender crianças com deficiência. Ao ver esses indivíduos como um todo, a clínica integra cuidadosamente os principais participantes do ambiente próximo dos pequenos. Dessa forma, a Espaço Kids não busca apenas atender às necessidades neuropsicomotoras, mas também busca uma abordagem completa que favorece o desenvolvimento total desses jovens.

No espaço, uma equipe experiente acolhe crianças com autismo, paralisia cerebral, Síndrome de Down e microcefalia, entre outras condições que possam impactar o desenvolvimento neuropsicomotor convencional. A clínica oferece, de maneira integrada e centrada no paciente, serviços abrangentes que englobam fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, psicopedagogia, psicomotricidade e musicoterapia.

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