Coluna

Zeca Baleiro grava nova versão de “A bicicleta”, clássico dos anos 1980

Será lançado no dia 1º de setembro o single ”A bicicleta” nas plataformas digitais. Interpretada pelo cantor e compositor Zeca Baleiro, a música faz parte do novo álbum do compositor e baterista Mutinho, que estará disponível ao público no dia 15 de setembro, “Casa de Mutinho” (gravadora Kuarup).
O álbum com 15 faixas teve sua realização graças aos recursos do Programa de Ação Cultural (Proac) da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
A primeira gravação na voz da cantora Simone está no famoso álbum ”Casa de Brinquedos”, que faz parte da memória afetiva de uma parte da atual geração com 45 a 55 anos. Mutinho e Toquinho lançaram o álbum em 1983 que ganhou vários prêmios.
Mutinho, de 82 anos, é um compositor cujas obras são conhecidas do público nas vozes de Toquinho e Vinicius, mas nunca havia feito um CD até o ano de 2017. Ele tem músicas bem populares em parceria com Toquinho, como “O caderno”, “Ao que vai chegar”, “Escravo da alegria”, “Turbilhão”. ntretanto, por ser compositor e não intérprete, Mutinho permaneceu sem os holofotes, apesar do grande sucesso de suas canções.
Considerado uma espécie de memória viva da música popular, Mutinho tem uma história muito rica. Geneticamente, é sobrinho do compositor Lupicínio Rodrigues, pessoa que muito o incentivou na opção de carreira por ele escolhida. Deu-lhe a primeira bateria e o primeiro emprego como músico numa casa de shows que administrava. Em sua juventude, em Porto Alegre, Mutinho conviveu com grandes músicos, tendo, inclusive, uma de suas composições (“Tristeza de carnaval”) gravada por Elis Regina em seu segundo disco.
Mutinho era considerado por João Gilberto como “o melhor baterista da bossa nova” e, como citado acima, tinha como um de seus admiradores ninguém menos que Tom Jobim. Quando veio a São Paulo, tocou com muita gente boa: Pery Ribeiro, Leny Andrade, Tânia Maria, entre outros artistas.
Além disso, sua convivência com Vinicius de Moraes e Toquinho fez com que estes percebessem seu lado compositor, que teve muitas de suas canções gravadas pela dupla: “Turbilhão”, “Oi lá”, “Meu panamá”, “Até rolar pelo chão”, “Escravo da alegria”. Depois da morte de Vinicius, Toquinho gravaria “Ao que vai chegar”, “Canção pra Mônica”, e faria com Mutinho o projeto “Casa de brinquedos”, que trouxe ao público a inesquecível canção “O caderno”.
ÁLBUM
Para marcar o lançamento deste álbum especial na discografia do músico gaúcho, radicado há muitos anos em São Paulo, um show gratuito será realizado no dia 16 de setembro, às 20h30, no Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100), em Santos.
No palco do histórico teatro, ele estará acompanhado de Bruno De La Rosa (violão e direção musical do álbum), Silvia Goes (piano), Marcio Mutalupi (baixo) e Nicolo De Caro (bateria). A cantora Mona, de Santos, fará uma participação especial no espetáculo.

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