Coluna

Rede de Teatro do Velho Chico apresenta espetáculos no FilteBahia 2022

Espetáculos teatrais de grupos do interior da Bahia são destaque na 14a  edição do Festival Internacional Latino-Americano de Teatro da Bahia – FilteBahia, que será realizada de 09 a 18 de dezembro em seis espaços de Salvador. Eles formam a Rede de Teatro do Velho Chico, que trará a capital seis espetáculos de grupos teatrais das cidades de Caetité, Ibotirama, Macaúbas, Luís Edurado Magalhães,  e Barreiras, criando assim  um importante espaço de intercâmbio e interação entre grupos de regiões do interior da Bahia e o festival e seu público.

E essa interação se dá através do trabalho desenvolvido no Núcleo de laboratórios Teatrais do Nordeste – NORTEA, projeto do FilteBahia, que é um espaço criado em 2012 para propiciar o intercâmbio entre o grupos teatrais. Em 2022, além do intercâmbio, está sendo fundada uma nova ação dentro do FilteBahia que vem para ficar: a Residência do Velho Chico, que a cada ano irá trazer para a capital  grupos de teatro do interior da Bahia para desenvolver uma residência dentro do festival, multiplicando assim diversos saberes e potencializando a produção fora de Salvador.

Gilberto Moraes, agente cultural, produtor, ator e diretor, que vive a atua em Ibotirama, é um dos coordenadores da Rede de Teatro do Velho Chico, que tem grupos de teatro em mais de 10 cidades nas regiões Oeste, Sudoeste e Sul da Bahia. Gilberto conta que Luís Alonso-Aude, diretor do FilteBahia, durante os meses de julho e agosto visitou as cidades, conheceu os grupos e suas realidades, assistiu os espetáculos e a partir daí fez a curadoria, escolhendo seis para participar do FilteBahia 2022.

“Essa é a primeira vez que acontece algo assim, de seis espetáculos do interior serem apresentados em Salvador. Participar do Filte é muito importante, é onde nós vamos mostrar o que é produzido por estes cantos da Bahia, o que estes grupos estão falando, mantendo a linguagem de teatro vivo em nossa cidades. Será possível ver a qualidade cênica destes trabalhos. Vai ser muito lindo ver tudo isso no Filte, é a realização do sonho de pegar estas produções e levar para um festival internacional”, afirma Gilberto, que revela que ações como esta ajudam a manter nos artistas que estão no interior a chama do teatro viva, e criam um sentimento de possibilidade de realização.

Luís Alonso-Aude, diretor artístico do Filte, também revela o que sente: “A Rede do Velho Chico é um território inimaginável nos dias atuais. Dá muito trabalho pensar no coletivo. A Rede não só pensa no coletivo de cada grupo, mas na junção destes coletivos que, super articulados, conseguem desenvolver muitas atividades a cada ano, dentro delas um festival em formato de mostra, uma mostra itinerante, nômade, que vai de cidade em cidade. É algo muito instigador e que nos leva a acreditar nos nossos sonhos e nos impulsiona a fazer teatro”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar