Coluna

Entre os diversos tipos de câncer, o de pele é o mais incidente no Brasil

O câncer de pele é um dos mais incidentes no Brasil. A doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), responde por 34% de todos os diagnósticos de câncer no país, que diz respeito a 193 mil novos casos por ano. De acordo com as médicas dermatologistas e sócias da clínica inDerm, Camila Sampaio e Fernanda Ventin, a enfermidade pode ser classificada em duas categorias: melanoma e não melanoma.

O melanoma é o tipo menos frequente, porém o mais agressivo devido à sua alta possibilidade de provocar metástase. Já o grupo dos cânceres de pele não melanoma é o mais frequente, correspondendo a 31,3% dos casos da doença e tem grandes chances de cura”, explica Camila.

Dentro dessa categoria não melanoma, conforme explica Fernanda, temos dois tumores diferentes: carcinoma basocelular e carcinoma epidermóide. “O basocelular é menos agressivo e também o mais comum. Ele costuma surgir nas partes do corpo que mais expomos ao sol, como rosto, ombros, orelhas, couro cabeludo e costas. E pode se apresentar como uma lesão avermelhada, cor da pele e até escura que pode sangrar com facilidade e não cicatriza”, esclarece Fernanda.

Segundo tipo mais comum de tumor da pele, o carcinoma epidermóide pode se apresentar como ferida, mancha avermelhada, descamativa e pode surgir sobre áreas de queimaduras, ressalta Fernanda. “Esse tumor ocorre nas células escamosas que são localizadas na parte superior da pele”, diz a médica.

Prevenção
Diversos fatores de risco estão implicados no desenvolvimento dos cânceres de pele (fatores genéticos, história familiar, exposição solar, queimadura solar na infância, cor da pele (fototipo). “Dos fatores modificáveis, o principal é evitar exposição solar e ter o hábito de aplicar protetor solar diariamente e usar proteção física como chapéu, óculos e camiseta com proteção UV, de preferência”, orienta Camila.

Tratamento
O tratamento para o câncer de pele depende do tipo de câncer, localização, tamanho, espessura/profundidade e idade do paciente. É necessária uma consulta detalhada, avaliação com dermatoscopia e biópsia da lesão para avaliação histopatológica para se definir o tipo de câncer de pele para então realizarmos o tratamento adequado, diz Fernanda.

É importante salientar que nunca se “queima” ou se destrói nenhum sinal sem uma avaliação de um dermatologista. Através da avaliação clínica e dermatoscópica, conseguimos definir se é uma lesão suspeita ou não. Lesões suspeitas de malignidade precisam ser biopsiadas. Quando algum profissional incapacitado usa eletrocoagulação, jato de plasma, ou ácidos ou qualquer outro método destrutivo isso impossibilita o diagnóstico adequado da lesão e quando ela recidiva posteriormente pode ser bastante difícil o diagnóstico, pois a pele fica com alterações definitivas que tornam a avaliação das células no local mais desafiadora. “Além disso, o paciente perde a oportunidade de um tratamento precoce! Por esse motivo, o único profissional capacitado para avaliar sinais da pele é o médico dermatologista”, ressalta Camila.

Confie a sua saúde a um profissional capacitado.

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