Cultura

Oficinas Culturais têm programação dedicada à Cultura Negra em novembro

Ao longo do mês de novembro, as Oficinas Culturais, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciadas pela Poiesis, estarão com uma programação voltada para a cultura negra em comemoração ao 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

Com uma programação diversa, que contempla apresentações visuais, aulões e espetáculos, o mês será marcado pela valorização da história e da produção cultural negra nas três unidades do programa que ficam aqui na Capital (Alfredo Volpi, Juan Serrano e Oswald de Andrade). Todas as atividades são gratuitas e ocorrerão de forma on-line e presencial.

Na Oficina Cultural Alfredo Volpi, as atividades começam com o “Preta Leste: Chá das Pretas Bàs convida Mãe Bel Obaluãnge”, no dia 2 de novembro às 19h. Neste encontro, o público acompanhará as Pretas Bàs, grupo que gere o Espaço Cultural Adebankê – “Embaixo do Viaduto também se nascem flores” de difusão da cultura negra e periférica, no diálogo com Mãe Bel Obaluãnge, artista responsável pela instalação “Raízes – Ewè Ewè, sem folha não tem essência” que mostra a relação entre o culto ao Orixá e a natureza.

A instalação estará em cartaz na Oficina Cultural Alfredo Volpi de 9 de novembro a 11 de dezembro, de terça a sexta, das 10h às 15h, também disponível para visitação virtual a partir de 16/11, no site Mais Cultura.

Ambas as atividades fazem parte da 6ª edição da Preta Leste, evento que pauta as questões étnico-raciais e a valorização dos saberes culturais e rituais sagrados de origem afro-brasileira. A Oficina Cultural Alfredo Volpi é realizadora deste evento com curadoria de Kelly Santos. O evento programa ações como aulões de expressões da cultura negra realizados às quintas-feiras, das 19h às 21h, de forma presencial.

No dia 4 de novembro, o aulão com Solange Camargo, mulher negra, periférica, coordenadora de Oficinas da Cultura de matrizes afro negra e brasileira, dançarina e coreógrafa do Grupo Afro Babalotim, apresenta os ritmos e movimentos da dança afro como uma forma de reflexão para os participantes sobre suas origens e seu papel no contexto social.

O segundo aulão será com Pedro Peu, baiano, capoeirista, compositor, dançarino, percussionista popular, coordenador do Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô Centro e o Centro de Cultura e Arte BataKerê, ambos situados na favela Santa Inês, na Zona Leste de São Paulo. No dia 11 de novembro, Pedro Peu vai realizar uma vivência de Capoeira Angola buscando o fortalecimento das expressões culturais na diáspora.

O último aulão será no dia 18 de novembro com Enoque Santos, dançarino, coreógrafo e pesquisador desde 1984, atuante e representante da cultura afro-brasileira. Professor, já dirigiu vários projetos pelo Brasil e no exterior com o objetivo de eternizar a cultura afro-brasileira, entre os jovens, crianças e adolescentes em projetos sociais, culturais e artísticos.

A programação continua com o espetáculo “Legado Oju”, realizado pela Cia Oju Orun no dia 6 de novembro, sábado, às 16h. Aberto ao público, o espetáculo mescla elementos de dança, música e do canto para abordar a identidade negra com foco no resgate da ancestralidade africanas e afro-diaspóricas.

A 6ª edição da Preta Leste será finalizada com “Cortejo Preta Leste”. De forma virtual, a Cia. Lelê de Oyá realiza o tradicional cortejo que inclui a lavagem da escadaria da Igreja N. S. do Carmo, momento em que a companhia promove seu ritual anual de renovação e expansão do Asè, rito em que se evidencia o amor e a paz presente nas religiões de matriz africana, em reverência à essência da água, fonte primordial da vida. O cortejo será transmitido via Youtube das Oficinas Culturais com homenagem aos Orixás Oyá, Ogum e Xangô no dia 4 de dezembro às 14h.

Fora da 6ª edição do Preta Leste, a Oficina Cultural Oswald de Andrade realiza o debate “Aquilombamento de mulheres negras da cena brasileira” no dia 11 de novembro, quinta-feira, das 19h às 20h30. O debate on-line pretende abordar a representação das religiões de matriz africana e do feminismo negro nas artes cênicas. O encontro reunirá pesquisadoras que trabalham com essa interseccionalidade em diferentes estados do Brasil.

Na Oficina Cultural Maestro Juan Serrano, o destaque para a cultura negra vem com a atividade “Confecção de Turbantes em Fios de Lã”, com o Núcleo de Cultura Afro-brasileira. Realizada em duas sextas-feiras seguidas, 12 e 19 de novembro das 14 às 16h, a atividade irá mostrar o processo de confecção 100% manual desse objeto que representa um importante símbolo da cultura afro.

Os participantes precisam ter um conhecimento básico em tecelagem. Os inscritos podem solicitar os kits com os materiais necessários (1 Linha Lã; 1 Agulha nº4,5; 1 Agulha tapeceiro; 1 Marcador de ponto) que serão disponibilizados gratuitamente pelo Delivery Cultural. A atividade será realizada pela plataforma Zoom com interação ao vivo, mas 5 vagas são presenciais.

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