Coluna

Musas de Jorge Amado ganham as ruas do Pelourinho em pleno verão

Dona Flor, Teresa Batista, Gabriela, Tieta (e até Perpétua!) se farão presentes em corpo e alma nas noites quentes de janeiro, no Pelourinho, nos dias 24, 25, 26 e 27 (quarta a sábado). E mais, elas colocarão todo mundo para andar e dançar e cantar atrás delas. É que nestes dias, pelos largos e ladeiras do bairro, será encenado o espetáculo de teatro musical itinerante “As Musas do Amado, Jorge”, sempre a partir das 19h. Esta será a segunda montagem do Circuito Jorge Amado, que tem concepção de Eliana Pedroso e que em 2017, 2018 e 2019 colocou em cena, também nas ruas do Pelô, o espetáculo “A Cidade da Bahia é Nossa”, com direção de Edvard Passos, convidado pelo projeto. “As Musas do Amado, Jorge”  faz parte da programação do Viva o Centro, da Prefeitura de Salvador.

Tudo começa com a chegada das musas no Terreiro de Jesus, gloriosas, em carro aberto. De lá elas vão para as sacadas do Casarão 17 onde o narrador, que estará presente durante todo o percurso, dá início ao espetáculo. Em cortejo elas e os homens das suas vidas – Vadinho, Teodoro e Nacib -, seguem pelas ruas descendo a ladeira até o Largo do Pelourinho, onde as musas são devidamente apresentadas ao público. Isso tudo acontece com todos os personagens sendo acompanhados por um elenco de dançarinos, pela percussão dos Meninos da Rocinha do Pelô, regidos pela maestrina Elem Silva, por músicos tocando instrumentos de sopro, pela cantora Denise Correia cantando músicas temas das musas e outras que fazem parte da música popular baiana e têm a ver com a essência Amadiana.

Do Largo do Pelourinho todos sobem a Rua Gregório de Mattos, sempre puxando o público junto, onde quatro cenas ícones são realizadas tendo como foco cada uma das personagens. Na primeira Dona Flor, Teodoro e Vadinho e os conflitos desta traição paranormal; na segunda a força de Teresa Batista cansada de guerra; na terceira Gabriela, em toda sua formosura; e na quarta Tieta, num embate fenomenal com Perpétua. Da Gregório de Mattos o cortejo segue para encerrar todo o drama e paixão, mas com muita alegria, para o Largo do Cruzeiro do São Francisco. E o público participa deste cortejo caminhando junto e celebrando a  alma da Bahia através do espírito de quatro mulheres criadas por Jorge.

“Concebi em 2017 o projeto Circuito Jorge Amado, para produzir espetáculos que unissem a linguagem do teatro, da dança e da música em encenações itinerantes, que preenchessem as ruas, sacadas e janelas do Pelourinho, um cenário natural. Com um elenco de alto nível profissional, agregamos durante três verões um grande público que se encantou, assim como a comunidade local, que não se cansa de perguntar pelo retorno da iniciativa. Voltamos agora para apresentar uma segunda montagem, que mais uma vez reúne um elenco de artistas e criadores de destaque, além de uma equipe de produção apurada, para encenar “As Musas do Amado, Jorge”, enaltecendo importantes personagens da literatura Amadiana, com criatividade, humor e uma encantadora trilha sonora”, declara Eliana Pedroso, responsável pela direção artística geral.

Quem faz – Em “As Musas do Amado, Jorge” a direção artística geral e de produção do projeto são de Eliana Pedroso, o texto de Cleise Mendes, a direção de Elisa Mendes, a direção musical de Luciano Salvador Bahia, a coreografia de Sonia Gonçalves e os figurinos e adereços são de Maurício Martins. Em cena estarão quatro consagradas atrizes baianas –  Cristiane Mendonça (Dona Flor e Perpétua), Mariana Freire (Teresa Batista) Dani Souza (Gabriela) e Márcia Andrade (Tieta) e quatro atores – Paulo Borges (Vadinho), Eddie Marques (Teodoro e delegado), Joseph Caio (Bafo de Bode) e Saulus Castro (Nacib e narrador). Também integram o elenco seis dançarinos –  Angel Martins, Laiane Carmo, Jennie Costa, Maju Passos, Dudé Conceição e Clodô Santana, além da cantora e atriz Denise Correia que estará puxando o cortejo cantando ao vivo. A produção executiva é de Ila Vita e Cris Correia, sonorização e  iluminação são assinadas pela M2 Soluções Audiovisuais e a realização é do NACE – Núcleo de Ações Culturais Estratégicas.

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