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Festival de percussão transforma bairro do Candeal em ponto de encontro de grandes percussionistas do Brasil e do mundo

Estrelas do cenário percussivo brasileiro e mundial terão o Candeal Pequeno de Brotas, em Salvador, como grande ponto de encontro nos dias 23, 24 e 25 de setembro, quando acontece o LALATA – II Festival Internacional de Percussão, idealizado pelo artista Carlinhos Brown. A diversidade e a originalidade da música instrumental percussiva irão, mais uma vez, posicionar a capital baiana como centro de produção, difusão e intercâmbio dessa arte. O LALATA é uma realização da Pracatum Escola de Música e Tecnologia, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vendas abertas no Sympla.

Três estilos de percussão contemporânea serão contemplados pelo festival: percussão de Rua, de Efeito e Eletrônica, que juntas abordam conceitos musicais, tecnológicos e culturais. Na programação, também estão previstos workshops musicais e exposição de instrumentos. O cenário do LALATA traz a assinatura do consagrado artista plástico baiano Bel Borba, que vem buscando inspiração nas especificidades da comunidade do Candeal para cumprir essa missão.

Mais do que um evento para ser vivido e celebrado pelo público, o LALATA é a celebração da história do bairro do Candeal, que há muitas gerações vem revelando ao mundo sua musicalidade, nascida de uma população visceralmente ligada às suas matrizes africanas e que tem no tambor seu ícone de libertação. Além disso, o festival faz o devido reconhecimento à música instrumental percussiva, que se tornou um traço cultural intrínseco da Bahia, podendo ser ouvida seja em eventos religiosos, festivos ou de entretenimento.

Vale lembrar que, nos anos 1980, nascia no bairro o Vai Quem Vem, movimento cultural percussivo de grande impacto para a música produzida na Bahia. O movimento, liderado pelo artista e multi-instrumentista Carlinhos Brown, desencadeou um processo de invenção rítmica na qual se destacam inovações performáticas e instrumentais. Esse laboratório de rua desembocou na formação da banda Timbalada nos anos 1990, e consolidou o timbau como uma marca da estética musical do bairro. O Candeal, então, tornou-se conhecido nacional e internacionalmente como espaço criativo e produtor expressivo de música percussiva, tendo solo fértil para o surgimento de diversos ritmos musicais autóctones.

“A percussão é uma das principais características culturais da Bahia e representa muito da história e ancestralidade de seu povo. Por isso é fundamental fomentar manifestações como o LALATA e, assim, preservar a riqueza desta região tão importante para o nosso país”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.

Atrações – Artistas do cenário mundial já estão confirmados na grade do LALATA, entre eles Massamba Diop (Senegal), Bira Lourenço e Catatau (Rondônia), Trietá (Salvador), Lobo Nuñes (Uruguai), Pandeiro Repique Duo (Rio de janeiro), Marcos Suzano (Rio de Janeiro), Orlando Costa (Salvador), Aguidavi do Jêje (Salvador), SKLAU – Manifesto ao Tambor, com Mestre Mario Pam (Salvador), Japa System (Salvador), Buginganga (Salvador), e Michele Abu (São Paulo). Além destes, grupos locais como Território Sonoro e Roda de Timbau do Candeal também estão na programação.

CONHEÇA AS ATRAÇÕES:

Massamba Diop (Senegal) – Um dos mais renomados mestres do tama, um tambor falante do Senegal, África Ocidental, conhecido por sua capacidade de replicar os sons da fala humana. Entre seus trabalhos mais recentes, está uma apresentação solo de percussão entre as canções da trilha sonora do filme Pantera Negra.

 

Bira Lourenço e Catatau (Rondônia) – A dupla tem uma proposta de imersão sonora, explorando as sensações, a percepção e a memória, através da captura de sons do cotidiano e da brasilidade amazônica. Sons de Beira é um espetáculo percussivo construído através de pesquisas de sons em ambientes naturais, com laboratórios e audições in loco, relatos de ribeirinhos e indígenas, apresentando um conjunto de timbres e ritmos do cotidiano amazônico.

 

Trietá (Salvador) – Grupo percussivo performático que nasceu da união de três mulheres percussionistas que atuavam a mais de vinte anos no mercado musical acompanhando grandes artistas, o Trietá reúne a percussividade de Daniela Penna, Lenynha Oliveira e Ratinha, e conta também com a presença do experiente coreógrafo e diretor Jorge Silva. 

Lobo Nuñes (Uruguai) – Músico e luthier de tambores uruguaio, Lobo Nuñes nasceu no Bairro Sul de Montevidéu e é descendente de uma família de músicos. Quando não toca tambor, dedica-se a construí-lo. Tocou e gravou com Opa, Rubén Rada, Jaime Roos, os irmãos Hugo e Osvaldo Fattoruso, Mariana Ingold, Eduardo Mateo, Ketama, Jorge Drexler, entre outros.

Pandeiro Repique Duo (Rio de Janeiro) – Pandeiro Repique Duo traz a dupla Bernardo Aguiar e Gabriel Policarpo, que seguem os passos de grandes pandeiristas, expandindo ainda mais as capacidades deste instrumento incrivelmente poderoso, também desenvolvendo uma rica paleta timbrística no repique, que antes estava ligada quase exclusivamente à tradição do samba.

Marcos Suzano (Rio de Janeiro) – com sua técnica de tocar o pandeiro “ao contrário”, trabalhando a utilização dos graves, e a aplicação do instrumento em ritmos brasileiros, além do uso de elementos eletrônicos.

Orlando Costa (Salvador) – Conhecedor e pesquisador de instrumentos percussivos de diversas origens e estilos, Orlando Costa atua como percussionista há mais de 35 anos e conseguiu criar sua forma única de tocar. Acompanhando artistas brasileiros e estrangeiros, participou de diversas turnês Internacionais no Japão, Israel, Marrocos, Estados Unidos, Canadá, países da Europa e América do Sul.

Aguidavi do Jêje (Salvador) – Criado pelo percussionista Luizinho do Jêje, o Aguidavi do Jêje é um grupo Afro percussivo inovador, referendado nos toques de candomblé da nação Jeje-Mahin. Uma orquestra de atabaques que se auto intitula Ritual Percussivo, e que traz uma das mais interessantes e diferentes sonoridades na música contemporânea baiana.

SKLAU – Manifesto ao Tambor, com Mestre Mario Pam (Salvador) – Percussionista, compositor, professor de música, Mario Pam é militante e pesquisador da Música Afro Brasileira.

Japa System (Salvador) – Percussionista, produtor e compositor, Japa System passou por grupos como a Timbalada e o Baiana System, e entregou ao público o primeiro álbum em carreira solo em 2021, intitulado “Sistema Percussivo Integrado”, onde juntou timbau e atabaque a baldes e frigideiras, sonoridades tiradas de barras de ferro e cascas de árvores com sintetizadores, samplers e bases eletrônicas, ressaltando sua identidade musical.

 

Buginganga (Salvador) – Apresentando a sonoridade do tambor com bases rítmicas e a percussão de efeitos com melodias no tempo certo, dando nova roupagem e suavidade nas composições musicais, o Bugiganga traz à frente o músico Boghan Gaboott, nascido no bairro do Candeal, que já tocou com grandes artistas a exemplo de Caetano Veloso, Carlos Santana, Gilberto Gil, Marisa Monte, Daniela Mercury, Sérgio Mendes e o mestre Carlinhos Brown.

 

Michele Abu (São Paulo) – Multi-instrumentista de atuação diversificada, Michelle Abu transita facilmente por diferentes estilos musicais, que vai desde a música popular ao rock nacional, até ritmos regionais e de raiz, imprimindo em todos eles suingue e marcas próprios, resultado de 25 anos de estrada.

SERVIÇO

O Quê: LALATA- Festival Internacional de Percussão

Quando: 23, 24 e 25 de setembro

Onde: Candyall Guetho Square

Abertura dos portões: 16h

Show: 17 às 22h

Classificação: 12 anos

Info.: (71) 99992-9186 / 3276-4255

Vendas: Sympla (https://www.sympla.com.br/produtor/lalatafestival)

Valor: Meia 25,00 / Inteira R$ 50,00

Camarote: Meia 50,00 / Inteira R$ 100,00

Acompanhe as novidades do LALATA 2022: https://www.instagram.com/lalatafestival/

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