Cultura

Cabíria Festival – Mulheres & Audiovisual exibe longa alemão ‘Casulo’

Estudo de caso, debate, masterclass e filmes, muitos filmes são algumas das atrações da primeira semana do Cabíria Festival – Mulheres & Audiovisual, evento dedicado à produção realizada por mulheres para promover maior representatividade e diversidade nas telas e atrás das câmeras.  É só entrar no site  e escolher o que quiser assistir até o dia 17 de outubro.

Dias 9 e 10, o filme alemão Casulo, de Leonie Krippendorff, estará disponível na plataforma MUBI. Para acessar, basta entrar em mubi.com/cabiria e usar o código VIP: cabiriafestival.

No filme, Nora é uma adoslescente observadora, silenciosa, que tenta se encaixar nos padrões, em meio ao turbilhão de sua irmã mais velha, e de sua mãe ausente, tornando as irmãs o sistema de apoio uma da outra. Durante o verão, lânguido e superaquecido, Nora percebe que não consegue se moldar à imagem da irmã. O seu caminho para a vida adulta é a sua própria jornada: a primeira menstruação, o primeiro amor e a primeira mágoa são momentos que contribuem para a pessoa que se tornará. Como as lagartas que mantém em potes no seu quarto, Nora percebe que ficar em um casulo para sempre é impossível.

 

Neste domingo, 10, às11h, pelo YouTube Cabíria Festival, acontece o Estudo de Caso: “Gênero: Coming of Age – Estudo de caso do filme Casulo” com participação da diretora Leonie Krippendorf e mediação de Gil Baroni. Através do estudo de caso do filme Casulo, que teve estreia mundial na Berlinale (2020), a proposta é mergulhar no debate sobre o gênero “coming of age” e apresentar as escolhas autorais, desde o processo de desenvolvimento do roteiro até a realização da obra. A atividade tem tradução consecutiva, sendo acessível em Libras

 

Mais tarde, às 19h, pelo YouTube Cabíria Festival, haverá debate com realizadores no ENCONTRO COM CINEASTAS sobre os longas: “Vamos Fazer um Brinde”, de Sabrina Rosa e Cavi Borges (Ficção/Drama, 70’, Brasil – RJ, 2011); “Voltei!”, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (Ficção, 74′, Brasil – BA, 2021). Participam Sabrina Rosa (roteiro e direção), Cavi Borges (direção e produção), Glenda Nicácio (direção, arte e cenografia) e Ary Rosa (roteiro, direção e produção). A mediação será de Larissa Fulana de Tal. A atividade é acessível em Libras. Os filmes estão disponíveis no Videocamp  até o dia 17.

 

Diariamente, às 12h, no Youtube e Instagram do Hysteria, a Mostra Imaginários Possíveis exibe um microfilme. Domingo, 10, é a vez de “É tudo culpa minha”, de Mila Milanesa (Animação, 61’’, RJ/Brasil, 2021). Na segunda, 11, o microfilme é “Inspirado em sonhos reais”, de Natalia Malima (Ensaio, 169’’, PE/Brasil, 2020) e na terça, 12, “Limítrofe” de Luci Savassa (Experimental, 147’’, SP/Brasil, 2021). Quarta, 13, o microfilme exibido é Linguadinha na Xxt, de Luíza Fazio.

 

Na terça-feiradia 12, é dia de assistir, pela plataforma VIDEOCAMP, a estreia do curta-metragem “Desvirtude”, de Gautier Lee (Ficção, 14’, Brasil – RS, 2021), que estará acessível até o dia 14. O filme conta a história de Kenia, uma menina negra, estudante de Jornalismo, que, após ser agredida durante uma atividade na universidade, tem de lidar com repercussões e retaliações de seu caso. A produção foi vencedora do Prêmio Assembleia Legislativa — Mostra Gaúcha de Curtas da 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado, com os troféus melhor filme, melhor direção, melhor atriz (Evellyn Santos) e melhor montagem (Gabriel Borges). Em 2019, Gautier Lee foi a vencedora do Cabíria Prêmio de Roteiro na categoria piloto de série.

 

Na quarta-feira, dia 13, estreia o longa-metragem “Limiar”, de Coraci Ruiz (Brasil-SP, 2020, 77′, DOC/LGBTQ+), pela plataforma VIDEOCAMP, com exibição por apenas 24h. A produção é um documentário autobiográfico realizado por uma mãe que registra a transição de gênero de seu filho adolescente, acompanhando os conflitos, certezas e incertezas que o perpassam numa busca profunda por sua identidade. Por detrás da câmera, ela também passa pela ruptura de velhos paradigmas, enfrenta medos e desmantela preconceitos.

O longa foi construído em diálogo com a tese de doutorado de Coraci Ruiz, intitulada “Documentário autobiográfico de mulheres: tecnologias, gestos e estéticas de resistência” e exibido em vários festivais, entre eles, na seleção oficial do Hot Docs 21. Conquistou diversos prêmios, como de Melhor Filme no Rio Festival de Cinema LGBTQIA+, Melhor Direção no 28º Festival Mix Brasil e Melhor Documentário no 36º Lovers Film Festival, na Itália. No 14º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero – recebeu os prêmios de Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro e Melhor Desenho Sonoro.

 

Os filmes da Mostra Homenagem Lucia Murat estão disponíveis na plataforma VIDEOCAMP até dia 17. Basta fazer um cadastro simples e gratuito para assistir aos quatro longas: Que Bom Te Ver Viva (1989), Maré, Nossa História de Amor (2007), A Memória Que Me Contam (2013), Em Três Atos (2015).

 

O festival segue com programação intensa até o dia 17, confira os detalhes em www.cabiria.com.br

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar