Em 1961, Michael Rockefeller tinha 23 anos e acabava de sair de Harvard, deixando para trás a figura do estudante engravatado para embarcar numa aventura como fotógrafo e colecionador de arte. Bisneto do homem mais rico do mundo e filho do governador de Nova York, ele cresceu cercado de privilégios. Em uma expedição à Nova Guiné holandesa, seu barco virou e ele desapareceu, sem que qualquer pertence ou parte de seu corpo fosse encontrado, a despeito de uma busca de duas semanas com navios, aviões, helicópteros e habitantes locais percorrendo a costa da selva.
A versão oficial sobre o desaparecimento é a de que Michael teria morrido afogado. No entanto, uma série de rumores apontam que ele foi vítima de um ritual canibalista da tribo asmat. Décadas depois, o jornalista Carl Hoffman, colaborador da revista National Geographic Traveler, refaz a trajetória de Rockefeller na Nova Guiné e conta suas descobertas no livro “Colheita selvagem”.
Por meio de documentos inéditos e relatos de testemunhas, Hoffman mergulha em um mundo de caçadores de cabeças, canibais e costumes secretos: “Comecei a vasculhar arquivos coloniais holandeses e registros missionários e um documento foi levando a outro. Descobri mais do que jamais imaginara. […]. Homens que haviam sido participantes fundamentais dessas investigações tinham permanecido em silêncio durante cinquenta anos. No entanto, eles ainda estavam vivos e finalmente dispostos a falar”, explica o autor no livro.
“Colheita selvagem” chega às livrarias neste mês de abril pela Editora Record.
Carl Hoffman é autor, também pela Editora Record, de “Expresso lunático”, escolhido como um dos dez melhores livros de 2010 pelo Wall Street Journal. Jornalista veterano, Hoffman viajou para mais de setenta países a serviço de publicações como Outside, Smithsonian, National Geographic Adventure, ESPN The Magazine, Wall Street Journal Magazine, entre muitas outras.
COLHEITA SELVAGEM
Carl Hoffman
Tradução de Alessandra Bonrruquer
364 páginas
R$ 59,90
Editora Record
(Grupo Editorial Record)