Nesta sexta, 28, segundo dia de Festival, a comunidade de Porto dos Milagres apreciou a arte de grandes nomes do grafite mundial. Um mutirão, formado por talentosos artistas, esperança arte com a comunidade.
O Festival BTC trouxe as cores vivas e as características de grandes artistas para moradores que nunca tiveram contato com o grafite. Além de acompanhar de perto a construção da arte, alguns tiveram a oportunidade de ter na parede da casa uma grande obra de arte.
Neste segundo dia, o BTC realizou também um workshop de grafite para adolescentes da Associação Ilha das Crianças. O educador e comunicador da associação, Evandro Teixeira, explicou que esse festival é uma grande oportunidade para a comunidade, “recebemos um convite do BTC para participar e trazer os adolescentes aqui, fazer esse workshop, entender como funciona o grafite. É um compartilhamento importante da arte”.
Os adolescentes fizeram a captação de imagens para desenvolver também produções audiovisuais. A presença dos nativos nesta construção importante para a cultura e o turismo de Itaparica foi crucial para deixar o espetáculo do BTC mais bonito.
O artista Luís Lourenço, 87 anos, recebeu os grafiteiros com obras feitas por ele. O francês Noe Two surpreendeu a nativa Luísa, vendedora ambulante de hortaliças, quando pintou o carro de mão dela, “eu escolhi o melhor artista para pintar o meu carro de mão, agora vou cobrar mais caro no coentro”. Explicado, sorridente, Luísa. Ela demorou para entender que aquele carrinho já não poderia mais transportar as hortaliças.
O francês Noe entendeu rapidamente que Luísa precisava de um carro de mão novo para dar continuidade no trabalho dela. Noe vai doar um carro de mão para ela. A ideia de percepção sobre a grandiosidade das obras em Porto dos Milagres só foi percebida pelos nativos quando o cenário se transformou numa grande tela a céu aberto. Neste segundo dia, o BTC mostrou mais uma vez que a arte educa e aproxima as pessoas.

