A trilogia se iniciou durante a pandemia, em 2020. Na 1ª edição, o ponto de partida era tensionar os sentimentos em relação à pandemia. “Na época, pensamos em criar uma plataforma de vídeos curtos, que pudesse alimentar as nossas redes sociais”. A edição seguinte deu foco à transição entre o confinamento e a liberação moderada devido à chegada das vacinas. Encerrando, agora propõem reflexões sobre a pandemia após a volta dos relacionamentos sociais e afetivos.
Todos os vídeos estão sendo publicados em uma programação diária no canal do Instagram da companhia e, posteriormente, no YouTube, onde também se encontram os registros anteriores.
A Cia Diversidança foi criada em 2006, pelo dançarino e coreógrafo Rodrigo Cândido, e está sediada na Zona Sul da cidade de São Paulo, território que influencia diretamente suas ações e o seu processo de pesquisa artística, caracterizada pelo trabalho autoral em criação e investigação colaborativa – traço geral das criações coreográficas contemporâneas.. Desde 2013, vem desenvolvendo uma pesquisa que avança pela dramaturgia da memória e suas “contranarrativas”, que proporcionam a revisão de questões estruturadas pela hegemonia social, usando as próprias histórias, experiências e corpos, com intuito de criar uma dança que reflita sobre quem nós somos.
Rodrigo conta que o próximo passo da companhia será “existir”. “Sendo uma Cia de dança de produção independente e que sua produção está condicionada a algum investimento ou incentivo, existir sempre será nosso próximo passo. Mas enquanto pudermos, vamos levar dança para todos os cantos da nossa cidade.”
O projeto foi contemplado pela 32ª edição do Programa de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo.