Diogo Nogueira dialoga com a culinária e o Candomblé na série “Comida de Santo”

Nem só de música é feito um artista! Que a vida de Diogo Nogueira é permeada pelo samba, não há dúvidas. Contudo, o cantor, desde o ano passado, com o lançamento de seu álbum de inéditas – “Sagrado, Vol.1”, vem destacando pro público sua fé e religião.

Em sua vida, Diogo também tem a presença forte da culinária e do Candomblé, religião que pratica. Misturando uma pitada de samba, com um bocado de gastronomia e religião a gosto, nasceu “Comida de Santo”. O projeto é uma série de 4 episódios, gravados ao lado das renomadas chefes de cozinha Andressa Cabral e Leila Leão, que também são iniciadas no Candomblé. O primeiro episódio “Iansã” já está disponível! Assista AQUI!

“Estou muito feliz de poder fazer essa comunhão, essa junção e falar sobre o sagrado que é tão importante pra mim. Tudo isso começou de uma visitação ao meu passado. Espero que vocês gostem, porque foi feito com muito amor”, introduz Diogo.

Os três desvendam lendas, rituais e receitas dos Orixás aos quais estão conectados e ainda trazem a participação do Fábio Nogueira, pai de santo do Diogo, que explica a sua relação com os mesmos. Além das muitas receitas gostosas, tem muito papo elucidativo, humor e gostosuras.

“A importância desse projeto circula muito em torno do orgulho que eu sempre tive de pertencer à vivência da religião de matriz africana e do quanto eu acho necessário a gente naturalizar a presença dessa vivência em todos os espaços. É muito importante falar pelo viés positivo sobre a nossa religião, sobre os deuses nos quais acreditamos, que a gente esteja ali homenageando eles e mostrando para as pessoas como tratamos de maneira natural no nosso cotidiano. Os orixás eles são forças da natureza personificadas, eles moram no nosso corpo, no nosso viver”, comenta a chefe Andressa Cabral.

“Como mulher do axé, eu e minha ancestralidade estamos muito felizes de participar desse projeto, que vai trazer tanta visibilidade para as nossas tradições e cultura. Vamos mostrar uma releitura da comida de santo, com receitas que não se aprendem em cursos de culinária ou gastronomia. Existe um conhecimento ancestral, vindo das religiões de matriz africana, onde a comida é reverenciada, dançada e cantada. A comida é religiosa, mas é tão saborosa quanto qualquer outra”, finaliza a chefe Leila Leão.

A temática da série, veio inspirada na música “Ciência da Paz”, lançada no “Sagrado, Vol.1”, em que traz na letra o desejo de quebrar a intolerância religiosa. Diogo quis levar informação, a partir da sua religião, com o intuito que as pessoas passem a olhar para todas com mais afeto, afinal como ele diz:

“Quando a gente conhece e entende a história, a gente respeita”.

“Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo, amém/ Seu fio de conta/ Não é da conta de ninguém/ Abrir os olhos e a consciência/ Pois a paciência/ É a ciência de viver na paz”

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