O setor de estética brasileiro segue em expansão, com projeções de faturamento que alcançam a marca de US$ 41,6 bilhões até 2028, de acordo com um estudo da Mordor Intelligence. Esse crescimento coloca o Brasil como o terceiro maior mercado global de estética, solidificando sua posição no cenário internacional.
Um dos carros-chefe desse segmento são os procedimentos faciais. De acordo com um levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), mais de 800 mil intervenções desse tipo foram realizadas no Brasil em 2023, o que garantiu ao país a liderança no ranking mundial desta categoria de cirurgia.
Para 2025, a grande tendência em tratamentos faciais é a estética consciente, onde menos é mais. É o que explica a cirurgiã dentista especialista em estética facial, Elisa Marchesini. “Os pacientes estão buscando resultados naturais e procedimentos que previnem o envelhecimento antes que ele se torne aparente”, diz.
Entre as abordagens que ganham cada vez mais espaço, Marchesini destaca os bioestimuladores, que vêm sendo desenvolvidos com fórmulas mais avançadas, tratando a flacidez e melhorando a textura da pele a longo prazo. Outro procedimento que ela cita é a modulação facial estratégica, “que permite pequenos ajustes no contorno, sem exageros, melhorando sutilmente a estrutura óssea”.
As tecnologias de ultrassom e radiofrequência também estão sendo combinadas aos bioestimuladores para estimular a produção de colágeno de forma natural, aliviando a necessidade de preenchimentos volumosos, diz a especialista.
“Além disso, os protocolos híbridos, que integram diferentes técnicas para alcançar resultados mais naturais e eficazes, têm sido cada vez mais utilizados”, afirma. “A personalização dos tratamentos é essencial para garantir harmonia e equilíbrio, respeitando a anatomia e as características individuais”, completa Marchesini.
A especialista também conta que, na sua clínica, os procedimentos mais realizados seguem a filosofia do Faces que Inspiram, um método criado por ela que busca a transformação respeitosa e o resgate de histórias de pacientes.
“Isso sempre respeitando a individualidade e a identidade facial de cada paciente. É um método que busca devolver a naturalidade, enxergar cada face de maneira individual, ou seja, vai na contramão do movimento de padronização dos rostos”, pontua ela.