A agência brasileira NomadRoots, especializada em turismo de experiência, acaba de lançar um roteiro exclusivo que promete desvendar as raízes da cultura afro-brasileira no Benim. A viagem, intitulada “Benim: onde a terra canta histórias e o mar murmura memórias”, ocorrerá entre 15 e 22 de novembro de 2025, no país localizado na costa ocidental da África.
O Benim, terra do lendário Reino do Daomé e berço do vodu, é um pequeno território de pouco mais de 110.000 km² e 14 milhões de habitantes, onde cada cidade possui fortes conexões com a história do Brasil. Para tornar a experiência ainda mais marcante, o Grupo Nomad será acompanhado por Félix Ayoh’OMIDIRE, professor titular na Universidade Obafemi Awolowo (Nigéria) e referência em culturas afro-diaspóricas, além da anfitriã Nomad Adriana Lacerda (Teté), uma profissional que já visitou mais de 90 países e mergulhou profundamente na cultura afro-brasileira no Benim.
“Viajar pelo Benim é percorrer os vestígios de uma história que moldou continentes e encontrar, entre tambores e danças, a alma resiliente de um povo que celebra a vida mesmo diante das cicatrizes”, destaca Teté. “É um país em que o passado não é apenas lembrado: ele é vívido, invocado, dançado. Uma verdadeira imersão nas raízes da cultura afro-brasileira e suas conexões históricas, religiosas e culturais com a África.”
Uma travessia guiada pela ancestralidade
Com saídas de diversas partes do Brasil, o roteiro de 8 dias e 7 noites do Grupo Nomad permitirá aos viajantes percorrer os caminhos trilhados pela diáspora. A jornada inclui encontros profundos com comunidades locais e a vivência de rituais ancestrais, como o vodum, o culto aos egunguns e a dança Gelede – manifestações vivas de uma herança que atravessa o oceano e o tempo. “É o tipo de jornada que não se mede em quilômetros, mas em camadas de memória e aprendizados que se revelam a cada passo”, comenta Paola Gulin, sócia da NomadRoots.
A curadoria minuciosa do roteiro garante experiências exclusivas e ricas em conteúdo. Entre os destaques da viagem está uma visita a uma família Agudá, descendentes de afro-brasileiros que retornaram ao Benim e mantêm vivas as heranças culturais do Brasil. Os viajantes também terão a oportunidade de presenciar uma manifestação ancestral por meio de um ritual vibrante de movimento, espiritualidade e memória coletiva, e de participar da celebração das máscaras Gelede, uma dança sagrada que honra o poder feminino e ancestral, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Outro ponto alto será a navegação pelos canais da vila flutuante de Ganvié, a “Veneza Africana”, localizada nas margens do lago Nokoué.