Afrocidade convida Timbalada em show inédito no Coala Festival

Na origem, um elo comum: o timbau. Na essência, a mensagem transmitida por meio de uma só linguagem: a música da Bahia. As interseções entre Afrocidade e Timbalada são muitas e não param por aí. As bandas se unem pela primeira vez em um palco para um show inédito e histórico no Coala Festival no próximo domingo, dia 8 de setembro, às 18h40, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

A ideia do convite veio da Afrocidade e, o que inicialmente surgiu como uma homenagem à Timbalada, banda baiana que já soma 33 anos de estrada, terminou virando uma grande celebração da música afro-brasileira produzida na Bahia e uma ode à ancestralidade, motor que impulsiona os dois grupos.

“Para nós sempre fez muito sentido homenagear a Timbalada, que desde o início foi – e continua sendo – uma das nossas referências mais latentes. A Afrocidade existe e produz o som que o público conhece hoje também porque todos nós crescemos ouvindo a Timbalada”, explica Eric Mazzone, vocalista, baterista e diretor musical da Afrocidade, banda que faz a sua segunda apresentação no Coala. A primeira foi em 2019.

“É a primeira vez que um encontro como esse acontece em mais de 30 anos de história da Timbalada e ele foi recebido como um presente por todos nós. Estrear no palco do Coala, um festival nacional tão importante, compartilhando o palco com essa banda que, como eu, nasceu em Camaçari, na Bahia, será muito especial”, afirma Denny Denan, que ao lado de Buja Ferreira comanda os vocais da Timbalada.

“Na máxima!”

É na força da percussão que as gêneses das duas bandas se cruzam mais fortemente. E é justamente nessa linguagem universal que os seus trabalhos artísticos se mesclam aos olhos do público no palco do Coala Festival, em um show potente e absolutamente dançante.

No repertório, músicas que marcam a história das duas bandas como o hino da Timbalada, “Beija-Flor”, e “Baby Te Liguei”, que fez a Afrocidade despontar internacionalmente. Mas é em “As Mina Para o Baile” que esse cruzamento das claves dos dois grupos aparece de forma mais vibrante.

Para além da música, todo o figurino de “Afrocidade & Timbalada” foi especialmente pensado para essa apresentação e será assinado pela collab Adidas+Farm, celebrando 10 anos da parceria. O figurino ganha um toque ainda mais especial com a estética das pinturas corporais eternizadas pela Timbalada.

Efervescência

Referência das mais importantes para artistas da nova geração da música baiana, a Timbalada nasceu em 1991 pelas mãos de Carlinhos Brown. De sonoridade efervescente, efusiva e inebriante, a banda tem no timbau e na atuação social a sua marca registrada. Ao longo de mais de 30 anos de história, com dezenas de discos gravados, acumula sucessos tendo Denny Denan e Buja Ferreira à frente dos vocais, e cerca de 29 músicos na sua formação e uma legião de fãs timbaleiros pelo mundo.

Alguns deles, inclusive, estão na Afrocidade. A banda foi criada em 2011, exatos 20 anos depois da Timbalada, portanto, e é fruto de mais de duas décadas de pesquisa sonora de Eric Mazzone. Reverberando influências da “África atual e outras Áfricas possíveis”, constrói seu trabalho sonoro de forma coletiva e tem no encontro ao vivo com o público a sua potência maior.

Saudando os tambores de África, a Afrocidade reafirma em suas letras a força, importância e influência direta dos valores étnicos baianos e brasileiros. Além de Mazzone, a Afrocidade tem Fernanda Maia (vocal e percussão), Rafael Lima e Douglas Santos (Percussão) , Marley Lima (baixo), Sulivan Nunes (teclado) e Deivite Marcel e Guto Sobral (bailarinos).

Além de “Afrocidade & Timbalada”, o Coala Festival traz no line-up de domingo nomes como Planet Hemp, Joyce Alane e Yago OProprio, 5 a Seco, Xande canta Caetano, e Mariana Aydar e Mestrinho. Os shows do palco principal do evento serão transmitidos ao vivo pelo streaming Disney+.

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