Cultura

MAB abre dia 28 exposição do fotógrafo Uiler Costa “Sizígia: A cosmologia da maré baixa”

São 30 enormes painéis com fotografias de rara beleza sobre o fenômeno das sizígias em áreas da Baía de Todos os Santos que Uiler Costa registrou com sua câmera. Paisagens plácidas e serenas ou intempestivas e densas, movimentos em expansão, a água, areia, coqueiros, baías, embarcações, névoas e toda a fauna marinha em sua diversidade mágica. A exposição abre dia 28, às 19h, no Salão principal do Museu de Arte da Bahia.
O QUE É SIZÍGIA? O artista e fotógrafo Uiler Costa explica que “Sizígia são instantes de conexão em que mar, solo e rios constroem novos relevos e geografias. Quando o alinhamento de três corpos pertencentes a um sistema gravitacional ocorre, algo comum ao inconsciente coletivo surge como uma revelação. Sizígia também é o encontro do tempo-espaço onde diversas vidas não-humanas reagem ao movimento sincrônico do cosmos para produzir seus fluxos, destinos, relevos e mapas. São nas sizígias em que a paisagem se transmuta nos permitindo perceber o cotidiano e sua constante capacidade de criação”.
Foi a partir disto que Uiler Costa se relacionou com a produção de imagens fotografando desde 2017 áreas da Baía de Todos os Santos (Barra do Paraguaçu, Salinas das Margaridas, Canal de Itaparica, Caixa-Pregos até a foz do rio Jaguaripe) lugares em que através de voos de helicópteros, foram coletadas a primeira etapa das fotografias que realizou em séries. Atualmente, a série e a pesquisa Sizígia conta com 6 capítulos visuais em desenvolvimento que procura prolongar as situações experimentadas no território, a exemplo da poética das geografias não-humanas e os impactos da vida contemporânea.
A diretora do Museu de Arte da Bahia, Ana Liberato, ao avaliar o trabalho do fotógrafo Uiler Costa declarou que “o MAB tem a honra de receber a exposição do artista, fotógrafo e educador Uiler Costa. Suas fotografias de extraordinária beleza, transcendem a realidade do nosso olhar sobre o mar da Baía de Todos os Santos, conduzindo e instigando o espectador a ultrapassar os limites da realidade visual que todos estamos acostumados, nos levando a emergir daquelas que admiramos no decorrer do nosso cotidiano”.

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