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Festival de Documentários de Moda online e no Teatro Riachuelo

O FEED DOG BRASIL – Festival Internacional de Documentários de Moda acontece de 09 a 14 de novembro de forma híbrida: Online, com acesso em todo Brasil, e no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, respeitando e cumprindo todos os protocolos de saúde e segurança determinados pelas autoridades competentes.

Realizado no Brasil desde 2017, com patrocínio da Riachuelo, o festival celebra esse instigante universo e convida o público a pensar e repensar a moda. O evento conta com 14 títulos internacionais e nacionais, clássicos e contemporâneos, inéditos no circuito, além de talks, debates e oficinas com um seleto grupo de profissionais do universo da moda, trazendo questões essenciais sobre o tema, incentivando diálogos e reflexões nas mais diversas expressões artísticas e culturais, nas questões socioambientais e na economia criativa.

“O FEED DOG é um festival de cinema que olha a indústria da moda em 360º. Nosso interesse pelas grandes criações é tão intenso quanto nas questões ambientais, trabalhistas e comportamentais. Isso se vê refletido na seleção de filmes e nas atividades paralelas”, observa o diretor artístico do festival, Marcelo Aliche.

“Como já é tradição no Feed Dog Brasil, integramos a moda ao cinema e, o que é crucial, aos temas urgentes do mundo em que vivemos, propondo uma forma de olhar, pensar e fazer moda de uma forma contemporânea e de olho no futuro”, complementa Flavia Guerra. “Pensando nisso, a mostra de filmes, as oficinas e os debates tratam desde temas urgentes até do trabalho dos grandes criadores, seus processos criativos e seu estar no mundo. Os filmes dialogam com os debates e as oficinas, propondo uma visão da moda que não é apenas contemplativa, mas criativa, interativa. Pensar a moda é também fazer moda e vice-versa. As oficinas complementam essa experiência e contribuem para a capacitação de profissionais dessa área que é estratégica para um Brasil”, finaliza a curadora.

A Cerimônia de Abertura acontece no dia 09/11, terça-feira, às 20h, no Teatro Riachuelo, com a presença dos diretores do festival, curadores, convidados e do público. Após a cerimônia, o festival exibe o documentário “Yellow Is Forbidden”, de Pietra Brettkelly, sobre a estilista chinesa Guo Pei, responsável pelo icônico vestido amarelo de Rihanna no MET Gala em 2015, e que conquistou o sonho de fazer parte do mundo exclusivo da Alta Costura, tornando-se a primeira empresa chinesa a ingressar na Chambre Syndicale de l’Haute Couture e a desfilar na prestigiosa Paris Haute Couture Week. O filme, que foi candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro indicado pela Nova Zelândia, também estará disponível online, na plataforma do festival.

Com curadoria da jornalista e documentarista Flavia Guerra, a programação conta com uma seleção da mais nova safra do documentário de moda.

Entre os internacionais, o festival exibe em première nacional o documentário  “In the footsteps of Christian Louboutin”, de Olivier Garouste, sobre o criador do icônico sapato de sola vermelha, Christian Louboutin, que, entre as viagens em busca de inspiração, prepara a exposição no Palais de la Porte de Paris. No documentário “Karl Lagerfeld se dessine”, ainda inédito no Brasil, dirigido por Loïc Prigent, um dos jornalistas mais bem conectados e respeitados do mundo, o estilista alemão fala sem restrições de sua infância, da frieza de seus pais e até do grande amor de sua vida, Jacques de Bascher. Tudo isso enquanto literalmente desenha sua vida, como quem desenha mais uma de suas criações. É uma experiência rica e um privilégio poder ver um gênio da moda desenhar sua própria vida.

Também inédito no Brasil, o coreano “One Man and His Shoes”, de  Yemi Bamiro, conta a história do tênis Air Jordan 1, inspirado no jogador Michael Jordan – ídolo do basquete mundial, que virou fenômeno de vendas e gerou um negócio multimilionário. Para além do ícone fashion, o longa discute também o poder simbólico de um par de sapatos – ou um autêntico Air Jordan 1.  Em “Dries”, o diretor Reiner Holzemer acompanhou durante um ano a vida de um dos maiores nomes da moda, o designer belga Dries van Noten, incluindo o seu centésimo desfile. O documentário “Westwood: Punk, Icon, Activist”, de  Lorna Tucker, traz a estilista inglesa Vivienne Westwood, numa longa jornada de criações extravagantes, que moldou a estética punk, desde os anos 70 até os dias de hoje. Mais que estilista, Westwood é uma força política, ativa e contestadora da moda, que a subverte e a recria em cada coleção.

Baseado no famoso blog do fotógrafo Ari Seth Cohen, o filme “Advanced Style”, de Lina Plioplyte, inédito no Brasil,  retrata a vida de sete nova-iorquinas com idades entre 62 e 95 anos, cujo estilo eclético e espírito de vida guiam seus looks, desafiando ideias estabelecidas sobre a beleza e o envelhecimento. “Discount Workers”, de Christopher Patz, mostra a transformação de Saeeda – de mãe doméstica a ativista influente – após o incêndio em uma fábrica têxtil em Karachi, Paquistão, que matou mais de 260 trabalhadores, entre eles o seu único filho. E

“True Cost”, de Andrew Morgan, considerado um dos filmes mais importantes da atualidade, revela o impacto sócio-ambiental que a indústria da moda tem causado no mundo.

Já entre os nacionais, o festival exibe o inédito “O Ponto Firme”, dirigido por Laura Artigas, que acompanha o processo criativo inusitado de um grupo de detentos que cria a primeira coleção do Projeto que ressignifica seu cotidiano e também seus papeis sociais. Já o premiado “Favela é Moda” questiona a força estética e política de jovens modelos de uma agência localizada na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, em busca de realização pessoal no mundo da moda, em uma jornada que também nos revela a força da luta por inclusão e diversidade na sociedade e na moda brasileira. Com suas imagens de arquivo e entrevistas com grandes nomes do universo fashion contemporâneo nacional, “Moda brasileira – 1 olhar de Ruth Slinger”, da artista Ruth Slinger, é um documento histórico sobre a evolução da moda no país.

Na Sessão de Encerramento, o FEED DOG BRASIL exibe a cópia restaurada do clássico “Paris is Burning”, considerado um marco na cultura LGBTQIA+,  dirigido por Jennie Livingston, que passou sete anos imersa na subcultura “Voguing”, a dança que se baseava na cópia de poses da revista de moda Vogue, e que ganhou visibilidade mundial com o clipe da cantora Madonna. A sessão acontece exclusivamente de forma presencial, no dia 14/11, seguida de showcase com a “House of Xtravaganza BR”, promovendo uma autêntica performance de Voguing.

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