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Búzios de Alberto Pitta fazem conexão sagrada no Ori Coiffeur

Artista plástico consagrado internacionalmente, Alberto Pitta, a partir da sua profunda vivência dentro dos terreiros de candomblé (ele é filho de Mãe Santinha de Oyá) cria artisticamente e reinterpreta códigos e simbolos presentes nas religiões de matriz africana. E assim ele fez ao criar com exclusividade as estampas dos aventais e camisas usados pelos personagens principais da websérie “Ori Coiffeur”, que estreia no dia 9 de março, e que será transmitida de forma gratuita via streaming, no canal do Youtube Ori Coiffeur.

Desta maneira, os búzios são o elemento principal da estamparia dos aventais e camisas de Nêgo e Ninha, donos do salão de beleza encravado num bairro popular de Salvador, onde o propósito é transformar as cabeças por fora e por dentro. Os búzios conectam na mitologia ioruba o Aiê, mundo físico, com o Orum, o mundo espiritual. Com os búzios estampados nas suas vestes Nêgo e Ninha ganham força para cuidar do Ori de seus clientes, de quem eles “fazem a cabeça”.

Pois é, com o lema “uma cabeça de cada vez”, Nêga e Ninha irão receber, em cada episódio, clientes que irão lá não apenas para tratar dos cabelos, mas para cuidar da cabeça como um todo. E lá, no “Ori Coiffeur”, desde os principais acontecimentos do país até os problemas pessoais mais íntimos serão debatidos, numa espécie de “atendimento-debate” onde todas estas questões são postas na mesa.

No episódio de estreia serão abordados os diversos tipos de violências sofridas por pessoas LGBTQIA+ no Brasil, sempre buscando uma perspectiva progressista – e debochada – da criação de uma nova e necessária mentalidade. Por isso, farão participações especiais como “clientes do Ori”, Shay Rizzo (drag queen e cantor) interpretando ela mesma, o ator Vitório Emanuel, no papel de Cleópatra, além do próprio diretor Edvard Passos, no papel do Tenente Amós.

Com criação e produção 100% baianas “Ori Coiffeur” marca o trabalho conjunto de três empresas que atuma na área de cultura, a Toca Criações Artísticas, de Danilo Cairo, Trielétrica, de Edvard Passos e Sujeito Filmes, de Heraldo de Deus.

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